Suicídio na infância e adolescência

O suicídio é o ato intencional violento e agressivo, cometido sobre si mesmo e com intenções de morrer. Ele pode se dar através de diferentes métodos. 

A maior ocorrência do comportamento suicida ocorre entre jovens de 15 a 29 anos. Dados atuais do Mapa da Violência apontaram um acrescimento de 60% desde a década de 80. E os índices de ideação suicida são ainda maiores: 12% a 25% em estudantes do ensino fundamental e 25% em estudantes do ensino médio. 

A prevalência de acometimento suicida é três vezes mais comum em rapazes do que em garotas, mas as tentativas de suicídio são duas a cinco vezes mais comuns nas garotas. 

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Por Luciana Pereira, psicóloga. 

Dentre as situações mais influentes para o suicídio geral estão: 1º desemprego; 2º violência e 3º mídia (ex: jogos, sites e comunicações virtuais). Muitos comportamentos são considerados modelos de imitação e este fato responde por boa parte dos casos, o que pode se um fator importante para os casos da mídia, que está em terceiro lugar. 

Existem alguns fatores de riscos considerados muito importantes na infância e adolescência, são eles:

  • Transtornos mentais: depressão, ansiedade, bordeline, bipolar;
  • Idade: 15 a 29 (período de maior recorrência);
  • Presença de tentativas anteriores;
  • História de transtornos psiquiátricos na família;
  • Bullying (principalmente em período escolar); 
  • Ausência de apoio familiar;
  • Facilidade de acesso à arma de fogo; 
  • Doença física grave e/ou crônica;
  • Uso e abuso de substâncias químicas (álcool e drogas) e/ou medicamentos.

Muitos jovens não conseguem esconder os sintomas manifestados por problemas que estão vivenciando. Porém alguns deles são fatores certeiros para o risco iminente à ideação suicida e ao suicídio. Dentre eles, podemos citar:

  • Dores e incômodos físicos (de cabeça e abdominais);
  • Diminuição de contatos sociais (isolamento social);
  • Alterações do sono, do apetite e do humor (tristeza e/ou irritação na maior parte do tempo);
  • Agitação ou hiperatividade;
  • Declínio no desempenho escolar;
  • Sentimentos de desesperança, culpa, baixo autoestima, medos e ansiedade.
  • Desejos, ideias e/ou tentativas de morte.

Os dados sobre os casos suicidas são alarmantes entre os nossos jovens, e é preciso ter consciência sobre a noção do sofrimento que os acomete, para que possamos ampará-los e ajudá-los a encontrar o restabelecimento biopsicossocial. 


Se você está pensando no assunto ou conhece alguém que esteja pensando em suicídio, procure a ajuda de um profissional o mais rápido possível. O Canal de Ajuda também pode ser um apoio para crianças e adolescentes.

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