Meninas curiosas, mulheres de futuro: estudo inédito detalha obstáculos e aponta caminhos para minimizar o abismo entre o presente e o futuro de meninas em carreiras de STEM no Brasil

Estudo será lançado em evento online em 14 de fevereiro no LinkedIn e também no Youtube

A partir de uma investigação realizada em escolas públicas e privadas do país, a Força Meninas divulga um levantamento de dados que demonstra as barreiras enfrentadas por meninas para ingressar em carreiras STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês) no Brasil.


Principais achados do estudo:

  • Distantes do futuro?
    • Meninas de escolas públicas sonham em seguir carreiras militares, como policiais ou delegadas, buscando lugares de poder e proteção para si mesmas e suas famílias.
    • Meninas de escolas particulares citam medicina e administração como profissões desejadas.
    • Carreiras promissoras em STEM não aparecem entre as principais escolhas das meninas.
  • Matemática é a matéria mais desafiadora:
    • 44% das meninas consideram matemática a disciplina mais difícil, contra 28% dos meninos.
  • Falta de representatividade:
    • 57,1% das crianças dizem não conhecer nenhuma mulher que trabalha em áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
  • Demandas por novas disciplinas:
    • Inclusão financeira e defesa pessoal são as matérias que as meninas mais gostariam de ter na escola.


São Paulo, fevereiro de 2023 – Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, a plataforma educacional Força Meninas lança o relatório inédito “Meninas curiosas, mulheres de futuro. Meninas brasileiras e a inserção em STEM: um abismo no presente e horizonte para o futuro”. O lançamento ocorrerá em um debate online no LinkedIn e no YouTube no dia 14 de fevereiro, às 11 horas. Após o evento, a pesquisa ficará disponível no site da Força Meninas.


Sobre a pesquisa:
Realizada em 2022, a pesquisa teve quatro etapas, com duração de um ano, e contou com a parceria das consultorias de pesquisa criativa 65|10 e Studio Ideias. O estudo incluiu:

  • Desk research: Levantamento de indicadores sobre o tema.
  • Entrevistas em profundidade: Com meninas de alto desempenho das cinco regiões do Brasil.
  • Rodas de conversa: Com 230 jovens de 10 a 18 anos, estudantes de 17 escolas públicas e particulares.
  • Questionário: Aplicado a 1.232 meninos e meninas (amostragem de 37.400 alunos do ensino fundamental de escolas públicas de quatro regiões do país).


Objetivo do relatório:
Identificar as nuances sociais e culturais que justificam a baixa presença de mulheres em carreiras STEM e propor caminhos para aumentar a participação de meninas nessas áreas, garantindo maior representatividade no futuro do trabalho.


Dados alarmantes:

  • Segundo o Censo da Educação Superior (Inep, 2018), as mulheres representam 56% dos estudantes do ensino superior, mas apenas 30% nos cursos STEM.
  • Até 2025, o mercado brasileiro precisará de mais de 600 mil profissionais em STEM, mas a estimativa é que o país não conseguirá suprir essa demanda.


Declaração da fundadora:
“Meninas veem as ciências exatas como uma área que não é para elas. Essa mentalidade limita as oportunidades que encontrarão no mercado de trabalho. ‘Desestereotipar’ essas profissões é crucial para destravar o futuro das meninas, garantindo independência financeira e mobilidade social. A participação das mulheres na inovação é um caminho essencial para acelerar a luta pela igualdade de gênero”, afirma Déborah De Mari, fundadora da Força Meninas.


Barreiras identificadas:

  1. Estereótipos de gênero: Influenciam interesses e restringem o desenvolvimento de habilidades.
  2. Violência de gênero: Pode impedir a permanência de muitas meninas na escola.
  3. Aprendizado deficiente em matemática: 95% das crianças saem do ensino médio sem conhecimento adequado em matemática.


Demandas das meninas:

  • Matemática é considerada a disciplina mais importante, seguida por educação financeira, defesa pessoal, português e ciências.
  • A educação financeira é destacada como uma necessidade para garantir controle sobre suas vidas.


Falta de representatividade:

  • 62% das meninas desconhecem pessoas que trabalham em STEM, enquanto 42% dos meninos afirmam o mesmo.
  • Quando questionadas sobre mulheres nessas áreas, o desconhecimento sobe para 57,1%.


Sonhos profissionais:

  • Meninas de escolas públicas almejam carreiras militares e medicina.
  • Meninas de escolas particulares buscam medicina e administração, muitas vezes seguindo os passos dos pais.


Pistas para aumentar a participação de meninas em STEM:

  1. Combater estereótipos e violências de gênero.
  2. Melhorar a infraestrutura das escolas e o acesso a laboratórios.
  3. Apoiar e reconhecer as habilidades das meninas desde cedo.
  4. Estimular a curiosidade e ampliar interesses por meio de modelos inspiradores.
  5. Mostrar como as áreas STEM podem ser ferramentas para mudar seus mundos.


Metodologia:
O relatório combina dados quantitativos e qualitativos, incluindo:

  • Desk research.
  • Entrevistas com meninas de alta performance.
  • Questionários aplicados em escolas públicas.
  • Rodas de conversa com meninas de escolas públicas e particulares.


Webinar de lançamento:
No dia 14 de fevereiro, às 11 horas, o evento online apresentará a pesquisa com análises de:

  • Déborah De Mari, fundadora da Força Meninas.
  • Nataly Foscaches, coordenadora da pesquisa de campo.
  • Thais Fabris, fundadora da 65|10.
  • Camila Holpert, do Studio Ideias.


Links para acompanhar:


Sobre a Força Meninas:
A Força Meninas é uma plataforma de impacto social que fortalece o potencial das meninas, capacitando-as com habilidades para serem protagonistas das oportunidades futuras. Desde 2016, já impactou mais de 50 mil meninas em 23 estados e 29 cidades no Brasil.

Sobre a 65|10:
Consultoria criativa especializada em mulheres, trazendo uma perspectiva feminina para processos criativos e pesquisas.

Sobre o Studio Ideias:
Especializado em estudos de comportamento contemporâneo, ajudando empresas e organizações a estabelecer conexões mais potentes com seus públicos.